Arrivederci Amore, Ciao, de Massimo Carlotto

by - julho 06, 2020


O livro nos apresenta a história de Giorgio Pellegrini, um ex-militante de extrema-esquerda que descreve sua vida durante os anos em que busca redenção de seus crimes após passar alguns anos na prisão. Porém, Giorgio é um homem medíocre, machista, arrogante e misógino onde conquistar mulheres para aplicar seus golpes é a melhor saída que ele vê para si e não sei como, mas não só elas como alguns homens também caem no golpe do Vigarista.

Esse livro estava encalhado na minha estante desde 2015, quando foi lançado pela Vestígio. E com o projeto Desencalha Livros 2020, o escolhi para tirar da imensa lista de livros que tenho parados.
À primeira vista, eu fui alertada na capa do livro que se tratava do Diário de um Crápula, mas não quis acreditar que a leitura seria tão desgastante. Não digo isso pelo livro em si. A leitura cheia de detalhes e planos que Giorgio preparava muitas vezes me deixou enjoada, mesmo sabendo que se trata somente de uma ficção policial. Massimo Carlotto consegue trazer todo o lado pesado e doentio de um homem que visa somente as suas conquistas não importando quem precisa sofrer por isso. Ele não se importa realmente em quem são as mulheres e muitos homens que precisa destruir para chegar no lugar que deseja. Apesar de um personagem tão ruim no pior sentido da palavra, nos vemos curiosos para saber que fim ele levará e confesso que me surpreendi com o seu final.
O livro é curto e o sentimento que tive durante na leitura foi somente raiva e impotência. Quando terminei de ler, a única coisa que pensei foi:
"Ainda bem que terminei, eu não aguentava mais ler sobre Giorgio Pellegrini." Eu fico meio chateada de ter ficado completamente com raiva do livro, mas creio eu que essa era a intenção do autor na hora de apresentar um personagem tão repugnante. Mas para mim, sair da minha zona de conforto tem sido uma experiência muito boa no geral.

O autor escreveu a continuação do livro "Arrivederci Amore, Ciao". Porém, ela não foi publicada no Brasil.
Espero que tenham gostado da resenha (ou não), mas é isso galera. Nem todas as vezes vamos curtir o livro que lemos.
Mil beijos, Lich.

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