[Resenha] Dianna: Me Permitindo, de Juliana Negri
Autor: Juliana Negri
Editora: Juliana Negri
Páginas: 139
Ano: 2020
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐💓
| O que impede a jovem, bonita e bem-sucedida, Dianna ter uma vida perfeita? Com temáticas pertinentes ao mundo atual, o primeiro livro da série Dianna fala sobre amores tóxicos e os impactos que se perpetuam na vida das mulheres vítimas de relacionamento abusivos. Com sensibilidade e abrindo-se ao leitor, a protagonista o levará a imergir em uma história sobre reencontros, reparações e reconstruções e o fará descobrir um segredo compartilhado com poucos: a sombra do passado que continua tentando aprisioná-la em um estado de pânico e impotência. Depois que li "É assim que acaba", da CoHo, achei que nenhum outro livro me desmontaria. Pois é, Dianna me desmontou e eu vou ter tentar explicar, tá bem? No passado, Dianna sofre com um relacionamento abusivo, o que deixou marcas em seu presente. No passado (alguns anos atrás), eu, Lali estava em um relacionamento abusivo e não sabia. Dianna, até certo momento, também não sabia. Mike era um cara legal, só ficava um pouco alterado se ela usasse uma roupa que chamasse a atenção, uma atenção que ela não merecia, que só ele poderia ver e ter. Eu lembro de quando coloquei um short azul soltinho que eu amava e meu ex me disse que eu não deveria ter usado aquele shorts, que eu estava indo para a casa de um de seus amigos e que aquele maldito shorts demonstrava que eu não tinha respeito com ele, e que, os amigos me veriam como oferecida. Era só um shorts e eu nunca mais o vesti. "Para o resto do mundo eu omiti o lado monstruoso do meu ex, não porque eu queria protegê-lo, mas porque queria me proteger". Após um jantar em que Dianna estava usando uma de suas roupas indecentes, Mike a levou para casa e a agrediu, em outra ocasião, Mike a abusou. Fisicamente, sexualmente e psicologicamente. Não satisfeito a espancou, o que a fez dar entrada no hospital e prestar queixa contra o namorado. Passado o ocorrido, Di teve o apoio de Liv, sua amiga de infância e dona do seu próprio nariz e de Ramon, seu melhor amigo e ombro para todas as horas. Ao prestar queixa contra Mike, o mesmo foi para a cadeia, dando assim um espaço para que Dianna pudesse procurar ajuda psicológica e dar continuidade ao seu maravilhoso trabalho, aonde era sócia em uma agência de consultoria para empresas. Após muito trabalho, tanto dela quanto da equipe pela qual trabalhava, estavam prestes a fechar contrato com a empresa MADS, que agora tinha um novo CEO, Oliver, um moreno gato e muito intimidador, que não tirava os olhos de Dianna durante toda a reunião. O que Dianna não esperava era que no final desse mesmo dia, tropeçaria num buraco no parque, machucaria a perna e que um moço lindo e super atencioso, viria ajudar a pobre moça machucada. "O cara é um homem lindo, moreno, alto, parecia definido por baixo da camisa social que usava, mas em ser musculoso demais,sabe? Além de ter um sorriso de fazer você esquecer completamente o que está fazendo [...]". Dianna mantem contato com Ian, trocam mensagens sempre que possível, mas Di não queria se envolver, sentia muito medo e não confiava mais em seus instintos. Em uma de suas viagens para o sítio de seus pais, Dianna teve o seu pior pesadelo novamente: Mike havia saído da cadeia por "bom comportamento" e estava ali, para infernizar sua vida mais uma vez. Esgotada de suas desculpas, Dianna conseguiu falar tudo o que estava entalado e sem saber, atrás estavam seus pais e seu irmão, Cris, escutavam tudo. "Como eu pude deixar um cara fazer isso comigo?". Ao voltar do sitio de seus pais, Dianna se vê dividida entre Oliver e Ian, tentando a todo custo não se envolver com nenhum dos dois, mas tudo muda ao viajar a trabalho com Oliver. Ao mesmo tempo que sente algo por ele, Mike continua fazendo de sua vida um inferno, mandando mensagens "se você não ficar comigo, ninguém vai". Dianna é uma mulher forte, mesmo que sinta culpada por tudo que lhe aconteceu, os personagens secundários são maravilhosos, são realmente aqueles tipos de pessoas que devemos nos rodear: aquelas que nos fazem sentir-mos bem e que, te levantem quando você não tiver mais forças (aqui a gente exclui o pai da Dianna, por favoooooor). A escrita da Ju é maravilhosa (fica aqui o meu surto, pois ela é da minha cidade e ai, maravilhosa), detalhes não passam despercebidos e eu juro que até senti o gosto das panquecas servidas no café da manhã. Pra quem já viveu um relacionamento abusivo, em certos relatos, podem doer, assim como ainda doeu em mim, mas também aprendi muito coisa com a força da Di. Eu não vejo a hora de poder ler o segundo livro e poder me encantar ainda mais por essa história. |
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